Em 2020, o Brasil alcançou a marca do 9º país que mais produz energia solar. No total, foram quase 3.153 megawatts de potência. Desde 2017, essa foi a melhor posição já alcançada pelo Brasil (antes ocupava a 10ª posição no ranking geral).
Chegou a ocupar em 2019 a 12ª posição, mas com o aumento nos investimentos no setor, teve um crescimento significativo. Esse levantamento foi feito pela Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar).
O estudo realizado incluiu não apenas as grandes usinas, mas também as pequenas produtoras – até mesmo painéis solares instalados em residências e comércios.
Segundo dados levantados pela Absolar, as instalações foram responsáveis por somar 80% da capacidade de geração de 2019 – o que corresponde a 2,5 GW. Já os 20% restantes são referentes à geração centralizada de energia solar.
No ranking geral, quem ocupa a primeira posição é a China, seguida dos Estados Unidos. Outros países que encabeçam as primeiras posições são Japão, Vietnã e Alemanha, muito fortes no segmento.
Um dos motivos que fez o Brasil alcançar essa posição foi a grande extensão territorial (5ª maior do mundo), fator que possibilita a instalação de grandes usinas de produção de energia solar.
Sem contar que há grande irradiação de sol na maior parte do território brasileiro, o que também colabora para que os níveis de produção de energia sejam mais altos. Isso torna viável a instalação de painéis solares em residências, comércios, usinas em locais rurais e qualquer outro lugar.
Segundo levantamento da Absolar, o Brasil tem com fonte renovável mais competitiva a energia solar. Sem contar no crescimento econômico. Somente em 2020, quase R$16 bilhões de reais foram investidos no segmento, o que ajudou a criar quase 100 mil novos empregos.
Em 2021, o aporte foi de R$23 bilhões de reais. E nos últimos oito anos, o Brasil já investiu um total de mais de R$42 bilhões de reais em geração de energia solar com mais de 236 mil empregos gerados.
Por conta da pandemia, muitas empresas seguraram os investimentos entre 2020 e início de 2021, mas agora já estão retomando novamente o ritmo. O objetivo entre 2021 e 2022 é fazer o número de placas instaladas em residências subir de 35% a 40%.
O Brasil tem motivos de sobra para comemorar. Além de a própria geografia favorecer muito a produção de energia solar, recentemente foi aprovada na Câmara dos Deputados o projeto de lei 5829/19, conhecido como “marco legal da geração distribuída”.
Ou seja, foram instituídas normas para democratizar e ampliar o acesso à energia solar, assim como houve aumento da segurança jurídica para os que optarem por sistema de painéis fotovoltaicos seja para uma empresa pequena, grande ou para a própria residência.
Segundo a própria Absolar, até 2050, a previsão de novos aportes é de até R$139 bilhões para novos projetos. A projeção também estima mais de 1 milhão de empregos gerados até lá.
E, claro, não podemos nos esquecer de que com o aumento de produção da energia solar, além de causarmos menos impactos no meio ambiente com a redução da emissão de combustíveis fósseis, é provável que haja diminuição das contas de luz, já que a maior produção de energia não virá somente das hidrelétricas e termelétricas.