Como de costume, sabemos que, no ramo de energia solar, alguns pontos técnicos devem ser cuidadosamente observados no momento da instalação do sistema fotovoltaico. Um desses pontos é a conexão correta entre cabos de alumínio e cabos de cobre, algo que, à primeira vista, pode parecer simples, mas que exige atenção e conhecimento técnico.
Quando cabos de alumínio e cobre são conectados diretamente, ocorre um fenômeno chamado corrosão galvânica. Esse processo acontece porque os dois metais possuem potenciais eletroquímicos diferentes. Em contato direto, principalmente na presença de umidade, o alumínio atua como o “metal menos nobre” e tende a se deteriorar mais rapidamente. Essa deterioração cria uma camada de óxido que aumenta a resistência elétrica no ponto de conexão.
Com o aumento dessa resistência, surgem perdas elétricas, aquecimento excessivo e, em casos mais graves, falhas de comunicação ou de funcionamento do inversor. O inversor, por sua vez, é um equipamento sensível a variações elétricas e pode registrar erros de isolamento, desligamentos ou até danos permanentes se essa conexão estiver comprometida.
Por isso, o procedimento correto é utilizar conectores ou terminais bimetálicos, projetados para unir alumínio e cobre sem causar reações químicas indesejadas. Além disso, o uso de pasta antioxidante e o aperto adequado das conexões garantem que o sistema opere com segurança e eficiência.
Heitor Malvezzi




