A geração de energia solar é uma tendência crescente no Brasil como forma de substituir a dependência de barragens hidrelétricas. O investimento inicial para instalar os painéis solares necessários em uma casa de quatro pessoas, por exemplo, seria de cerca de R$20 mil.
Ou seja, esse custo pode ser amortizado em três a quatro anos. Segundo Pedro Luiz Côrtes, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEE) da USP, essa tendência crescente se deve em parte ao aumento das tarifas sobre as formas tradicionais de geração de energia.
Sendo assim, a energia solar também está se tornando cada vez mais acessível. O custo dos painéis solares caiu mais de 70% na última década. E com as melhorias contínuas na tecnologia, espera-se que o preço da energia solar continue caindo.
Hoje, o Brasil tem um sistema de geração solar chamado On Grid, no qual os consumidores instalam painéis solares e permanecem conectados à rede de distribuição. Pode haver um excedente de energia gerada em determinados momentos do dia, que é injetada na rede pública de distribuição.
Isso permite que os consumidores se tornem pequenos geradores e recebam créditos em quilowatts-hora (kWh). Esses créditos podem ser usados durante a noite, quando as baterias não são autorizadas no Brasil.
A geração de energia solar normalmente diminui no outono e no inverno, mas isso pode ser compensado pelos créditos ganhos nos meses de maior geração. Os créditos são válidos por cinco anos, portanto, no final de cada ano, os usuários de energia solar podem redefinir o consumo de energia de sua rede. Isso torna a energia solar uma opção mais confiável e sustentável para as necessidades energéticas de longo prazo.