A geração distribuída (GD) é um dos tópicos mais comentados no setor de energia solar no momento. E por uma boa razão: a DG tem o potencial de mudar radicalmente como a eletricidade é produzida e distribuída, tornando-a mais democrática, limpa e eficiente.
O Brasil já é líder mundial em DG, com mais de 14 GW de potência instalada. Mas ainda há potencial para crescimento. Atualmente, o Congresso brasileiro está considerando uma série de políticas que poderiam levar o país ainda mais adiante nessa área.
Algumas das políticas mais importantes em discussão são aquelas relacionadas aos padrões de medição e interconexão de rede. A medição líquida permite que consumidores que produzem sua própria eletricidade a partir de fontes renováveis vendam qualquer excesso de energia de volta à rede a preços de varejo. Os padrões de interconexão garantem que todos os sistemas DG sejam compatíveis entre si e possam se conectar com segurança à rede.
Tanto os padrões de medição de rede quanto de interconexão são cruciais para promover uma adoção mais ampla das tecnologias de DG. Ao tornar mais fácil e lucrativo para os consumidores produzirem sua própria eletricidade, essas políticas ajudarão o Brasil a atingir sua meta de 100% de energia renovável até 2030.
O estado de Minas Gerais, no Brasil, está liderando o desenvolvimento de energia solar, com mais de 2,2 MW de capacidade instalada e 50 bilhões de reais (cerca de USD 12,5 bilhões) em projetos formalizados em andamento. Destes, 1,4 bilhão de reais já estão em fase de implementação e 20,5 bilhões de reais já iniciaram as operações.
Este é um desenvolvimento significativo para o Brasil, que ficou atrás de outros países em termos de desenvolvimento de energia renovável, apesar de ter um enorme potencial devido ao seu vasto território e clima ensolarado. Se Minas Gerais puder continuar impulsionando o desenvolvimento da energia solar no Brasil, isso será um grande impulso para a economia e o meio ambiente do país.
Além disso, à medida que o setor de energia do Brasil continua crescendo, o país sediará o Congresso Brasileiro de Geração Distribuída (CBGD 2022) em novembro. Espera-se que o evento seja o maior do gênero na América Latina e reunirá especialistas de toda a região para discutir oportunidades e desafios na geração distribuída.
Com foco em fontes de energia renováveis, o CBGD 2022 fornecerá uma plataforma valiosa para discutir o futuro do setor de energia do Brasil.