Em setembro, a CRE ratificou um acordo que prevê a participação do Brasil no Acordo-Quadro do ASI. A assinatura do texto foi realizada em Nova Delhi, capital da Índia, no ano de 2016.
O acordo prevê que os países participantes do acordo possam se ajudar a enfrentar dificuldades comuns no que diz respeito à difusão da energia solar no mundo. O acordo assinado permite que o Brasil participe agora da Aliança Solar Internacional.
A ASI tem como princípios básicos o empreendimento de ações coordenadas, a cooperação com países não membros, bem como entidades privadas e governamentais e a atualização de informações importantes sobre o mercado de energia solar.
Em 2015, durante a COP-21, a França e a Índia apresentaram a iniciativa em Paris. Um ano depois, o ex-presidente francês, François Hollande e o primeiro-ministro da Índia, deram os primeiros passos para formar a aliança. Foi em 2017 que o acordo passou a ter validade, e desde então, vem crescendo constantemente.
No total, 102 países já assinaram o acordo, e agora a aliança tem 81 membros. Os países participantes são, em sua maioria, tropicais, devido ao alto índice de irradiação solar durante o ano todo. No total, são 121 países que estão nessa faixa climática. A ASI já se mostrou aberta a aceitar a participação de países das Nações Unidas.
De acordo com Portinho, em 2021 a geração fotovoltaica distribuída foi a quarta em crescimento no mundo, e ficou atrás apenas dos Estados Unidos. Vale frisar ainda que ela corresponde a 17% da produção energética do Brasil até o ano de 2031. Desde 2018, com a gestão do presidente Jair Bolsonaro, muitos recursos foram investidos no setor de energia renovável, que cresceu a taxas altíssimas nos últimos 4 anos.
Segundo Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR, a adesão do Brasil na aliança é extremamente importante para aumentar a participação brasileira no exterior e no cenário do desenvolvimento de tecnologias renováveis para produção de energia solar.
A adesão abriu portas para que o Brasil possa se beneficiar com vários programas nas áreas de financiamento, políticas públicas, tecnologia, desenvolvimento, pesquisa e outros. Segundo Ronaldo Koloszuk, a energia solar tem um papel importantíssimo na transição energética futuramente, pois além de já ser a mais competitiva no Brasil, está no terceiro lugar na matriz energética em termos de produção.