É essencial que os aquecedores de água solares façam parte do planejamento da matriz energética.
Hoje, o Brasil tem acumulados 13,5 GW de eletricidade produzida a partir da energia solar. Esse número é quase equivalente à capacidade de produção da usina de Itaipu, que soma no total 14 GW de potência solar energética.
Esse número é o mesmo do déficit relacionado ao que foi estipulado e programado pelo Governo Federal há mais de 10 anos. Esses dados foram apontados pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
Por mais óbvios que sejam os números, a companhia ligada do governo não considera os números e não inclui nos planos investir em tecnologias que sejam capazes de evitar problemas como apagões, ou mesmo que ajudem a equilibrar a demanda e colaborar para que pessoas jurídicas e pessoas físicas paguem menos pelas contas de luz.
Assim, é fundamental que os aquecedores solares de água sejam incorporados no planejamento da matriz energética no Brasil, de forma que seja ainda mais ampliada e diversificada.
Essa medida é ainda mais necessária durante o período de crise que estamos vivendo, não apenas a crise hídrica, que causa muitos impactos negativos na economia, como também a causada pelo Covid-19.
Por causa da crise hídrica, torna-se ainda maior o risco de apagão e fornecimento de energia, bem como o aumento da tarifa. Tudo isso pressiona de forma considerável o risco de inflação e o aumento dos custos mensais para as famílias brasileiras.
Assim, é contraditório a EPE afirmar que nos últimos 10 anos o Brasil não atingiu os valores que haviam sido planejados, mas, ao mesmo tempo, ignorar completamente uma tecnologia que ajudaria solucionar vários dos problemas atuais que enfrentamos.